Nossa historia.
Nosso primeiro piloto foi baseado no projeto “Águas virtuosas Oromilade”, registrado em 1983 e que serve de base para todos os projetos executados até então.
As primeiras ações foram executadas em 22 bolsões de pobreza, no município de Praia Grande e por 15 anos e depois de 1984 também na cidade de São Thomé das Letras- Minas Gerais, junto a uma população de + ou - 4.000 habitantes, que na sua maioria moravam em casas de pedras, sem água encanada, sem luz elétrica e sem banheiro. Demos assistência trimestral á 20 agentes multiplicadores nas áreas de saúde publica e nutrição, organizando, gerindo e multiplicando hostas de frutas, legumes, verduras e ervas medicinais; educação e cultura com as oficinas lúdicas de poesia, teatro, danças folclóricas e arte circense; engenharia e construção com a inclusão de banheiros internos, dormitórios, caixas d’água, fossas cépticas, sistema de esgoto coletivo, fornos em fogões de lenha, fornos para cerâmica, lajes e revestimentos usando os cascalhos de pedra local. A cidade era totalmente desprovida de recursos públicos como ausência de agencia bancaria, apenas um posto de saúde que recebia medico um dia na semana ( se não chovesse), os remédios eram vendidos na mercearia por falta de farmácia publica ou privada, apenas uma linha telefonica disponibilizada no posto publico, sem nenhuma padaria, sem fogões á gás, sem banheiros internos apenas “casinhas” com buraco no chão. Este era o cenário da vida de pessoas que conviviam com a falta de higiene, uma alimentação desprovida de frutas, legumes e verduras de qualquer espécie, como também consumindo animais domésticos que se alimentavam das fezes encontradas entre as pedras dos quintais e ruas. As construções residenciais não tinham colunas de sustentação, os telhados eram sem fixação, os fogões de lenha tinham no maximo 2 bocas e não cozinhavam com gás porque o caminhão de entrega não subia a montanha. A relação com os turísticas e comunidades místicas que se instalavam na região levaram a população mais jovem ao consumo de drogas pesadas, á promiscuidade com jovens abaixo dos 10 anos, o consumo exagerado de bebidas alcoólica, o abuso e violência contra as mulheres, por parte de pais e maridos. Em busca de resultados e soluções definitivas dialogamos com a arquediocese de Alfenas para enviar e manter um padre na igreja matriz, como também autorizar a restauração das ruínas da Igreja do Rosario dos Homens pretos e São Benedito, com o comando da policia civil de Tres Corações para aumentar o contingente policial e manter um delegado concursado na cidade; pedimos ao Banco do Brasil que instalasse uma agencia e á CEMIG que subisse com os cabos telefônicos á partir de Tres Corações distante 50 Km. A cessoria política foi em função da criação de políticas publicas e financiamentos para obras de saneamento e educação.
Em 1991, após o falecimento da fundadora srª Ivone Candido Prisco foi feita a primeira alteração dos estatutos da entidade, mudando a entidade religiosa de umbanda em Ilè asé de matriz africana, conforme a orientação religiosa de sua filha natural Carmen Silvia Prisco. Foi formada nesta ocasião a primeira diretoria executiva da entidade, propiciando o ingresso de pessoas alheias á religião espírita, em cargos técnicos como advocacia e serviços contábeis, etc.
A partir daí começamos a participar de projetos de outras entidades, em busca de experiência na área social e política, com ênfase nas questões de cidadania, que são o caminho para a criação de políticas publicas para organizar e gerar oportunidades iguais na sociedade. Até aqui tínhamos 2635 familias cadastradas na cidade de Praia Grande/SP, com um projeto em andamento na cidade de São Thom das letras/MG desde 1987 , responsaveis pela coordenação da distribuição de leite á 150 entidades da zona norte 1 e zona norte 2 na cidade de São Paulo/capital e eramos cadastrados no CEAGESP, onde retiravamos caixas de frutas, legumes e peixes para distribuir em creches, asilos e entidades sociais e assistenciais da Capital e do litoral, até o ano de 2003.
Em 2008 fizemos a terceira alteração no estatuto, depois de cinco anos inativos, transformando a organização não governamental em Instituto para poder abrigar outras pequenas entidades assistenciais e sociais, em projetos coletivos, que ajudem a alavancar grandes resultados, inclusive nas questões administrativas.
Após as reuniões eletivas de 2008 iniciamos os contatos para reativar os projetos em parceria com a PREFEITURA MUNICIPAL DE PRAIA GRANDE, o CEPAM, o CONE, a SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA DEFESA DA CIDADANIA (SJDC), a ANESP, o CNAB e a CEAGESP , especificamente o CEAGESP, onde a entidade é credenciada para retirar produtos hortifrutigranjeiros, para distribuição gratuita entre outras 150 entidades assistenciais, creches e asilos de São Paulo; e com o CEPAM- Conselho Popular de Abastecimento do Município de São Paulo, onde ítulosvamos a distribuição de leite, as hortas comunitárias, os comboios de alimentos, frutas de época, laticínios, mel, ovos, frangos e pescados na semana santa de cada ano de cada ano, para as entidades da Zona Norte I e II , Zona Sul I e II de São Paulo, Heliópolis, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Mauá, Diadema, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Praia Grande. Não esquecendo também da participação de nossos representantes junto ao CONE- Conselho da Comunidade Negra do Município de São Paulo; no CNAB- Conselho Nacional Afro Brasileiro, onde compomos desde o primeiro grupo de conselheiros; e no Conselho Estadual da Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, onde mobilizamos o cadastramentos de empresários negros do município de Praia Grande, para a primeira edição da Lista Negra onde empresas e empresários negros aparecem em uma lista de classificados; na ANESP- Associação dos Nordestinos do Estado de São Paulo onde colaboramos no Conselho de moradias junto ao CDHU representando associações de moradores.
Conforme pudemos verificar pelos livros contábeis e os relatórios financeiros a entidade não tem dividas com fornecedores apesar de fechar as contas no vermelho, em todos os meses dos anos de 2000 a 2008.
Nos últimos cinco anos investimos na reestruturar de nossa equipe administrativa, na elaboração de metas internacional, e na busca de parceiros sociais para os projetos locais.
Nossa diretoria administrativa é liderada pela presidente Fernanda Fabiaba Graciano Ferreira, a diretoria Executiva é liderada pelo vice-presidente Marcos Aurélio Soares Campos Prisco; a diretoria jurídica tem a sua frente o causídico Renato Santos de Azevedo; Vice-presidência internacional Espanha/ Canadá/ Nova York Mônica Vazquez de Albuquerque Clenshaw, com sede em Marbella/Espanha; Vice-presidência internacional País Basco/ Paris, Maria Cristina Barreto de Souza, com sede em Irisarri/ Espanha; uma solicitação sendo analisada para Quebec/ Canadá.
Todos os projetos para o próximo qüinqüênio passam pela criação de um Centro cultural afro brasileiro, como sede do Instituto e local para desenvolver pequenas ações de educação, como o reforço escolar para o ENEM e o cursinho pré vestibular para afrodescendentes. Vamos criar a primeira biblioteca de Títulos, autores e temas afro brasileiros do litoral sudeste, já que a partir de 2008 somos referencia nacional na promoção da igualdade racial e na luta contra a intolerância religiosa.